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Esquistossomose como Tema Gerador: uma experiência em Jaboticatubas

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A situação do Brasil em relação à esquistossomose tem mudado nos últimos anos. Apesar dos avanços do conhecimento na área e dos sucessivos programas de controle, com conseqüente redução da prevalência e das formas graves, ainda se observa, em algumas regiões, a expansão da área de transmissão. O controle da esquistossomose é hoje feito tomando-se por base dois aspectos: o primeiro refere-se ao controle da morbidade (controle da doença), que significa a redução da gravidade, especialmente evitando ou diminuindo o aparecimento da forma da doença que já compromete o fígado e outros órgãos, o que pode ser alcançado por meio do tratamento específico; e o segundo, relacionado ao controle da transmissão, que reduz a infecção humana e a do caramujo e visa interromper o ciclo do parasita, para o qual o tratamento é insuficiente. Entretanto, a reinfecção é um fato e mostra que o controle não pode ser sustentado somente pela redução da carga parasitária. Essa situação constitui-se em desafio para alcançar estratégias que possibilitem resultados melhores e mais duradouros nos programas de controle da doença. Tanto para as verminoses transmitidas pela água quanto para as transmitidas pelo solo, é necessário haver uma significante redução da contaminação ambiental pelo melhoramento dos serviços públicos e das condições de higiene e do maior comprometimento das pessoas com a sua saúde e com o meio ambiente. A educação em saúde e o saneamento têm um importante papel na tentativa de alcançar esses objetivos e fornecem oportunidades mais eficazes na obtenção de resultados definitivos. Em todo o mundo, um dos pontos-chave desses programas é a participação da escola e da comunidade no controle da endemia. Para Lima e Zancan (1991), essa estratégia que leva em consideração a participação do indivíduo e a comunidade tem como pressuposto básico ensinar as pessoas a assumirem responsabilidades para que possam conseguir saúde. Dessa forma, alinha-se indiscutivelmente com os princípios que orientam os modelos de controle social.

 

 
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